Blog Alma Missionária

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domingo, 28 de abril de 2013


A ENTREGA A DEUS E A EUCARISTIA - LITURGIA DIÁRIA , 28 DE ABRIL DE 2013


A ENTREGA A DEUS E A EUCARISTIA

Considera o que há de mais formoso e grande na terra..., o que apraz ao entendimento e às outras potências..., o que é recreio da carne e dos sentidos... E o mundo, e os outros mundos que brilham na noite: o Universo inteiro . E isso, mais todas as loucuras do coração satisfeitas..., nada vale, é nada e menos que nada, ao lado deste Deus meu! - teu! , tesouro infinito, pérola preciosíssima, humilhado, feito escravo, aniquilado sob a forma de servo no curral onde quis nascer, na oficina de José, na Paixão e na morte ignominiosa..., e na loucura de Amor da Sagrada Eucaristia – (SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ,  LIVRO CAMINHO, N. 432)

O mais importante deve ser que a Eucaristia sagrada deve se tornar o ponto central da vida, que o salvador eucarístico torne-se o centro da vida que todo dia se tome e que seja devolvido em suas mãos, que todos os assuntos sejam deliberados com Ele. Com isso se dá a Deus chance para poder ser acolhido no coração, formar a alma, transformando os órgãos da alma com visão clara, e ouvido límpido para o supra terreno . Então acontecerá por si que aprendamos a ver as questões da vida pessoal com os olhos dele e decidir em seu espírito

A isso se deve somar-se uma ponderação serena e sóbria das realidades e dos acontecimentos exteriores. Quem vive na fé sólida, de que nada acontece sem o saber e a vontade de Deus, mesmo os acontecimentos mais desconcertantes e os golpes mais duros não poderão tirá-lo do eixo. Conservará a calma, para ver as situações com clareza e para encontrar as linhas e diretrizes que são dadas na situação do conjunto para uma postura prática

Ademais, a vida com o salvador eucarístico faz com que a alma seja elevada acima da estreiteza da vida pessoal/individual, que os assuntos do Senhor e de seu reino, justo como aqueles que se comprometeram com Ele por meio dos votos do estado religioso, transformem-se em seus assuntos e que tanto as necessidades e premências pequenas quanto as grandes na vida individual percam seu peso na mesma medida. Estabelece-se aquela liberdade e alegria que pode haurir da fonte eterna, uma nova: a partir dos grandes acontecimentos do drama mundial do pecado original e da redenção, que se renovam novamente na vida da Igreja e na alma de toda pessoa humana individual, deixando que a vitória da luz sobre toda treva torne-se sempre um acontecimento sempre novo

Quem alcançou essa altura livre e essa visão ampla cresceu acima daquilo que, no sentido usual, chama-se de "felicidade" e "infelicidade". Ele pode ter que lutar duramente por sua existência exterior, pode renunciar à estadia junto a uma vida familiar no calor humano, ou a uma correspondente comunidade humana que lhe dá apoio e suporte - só e infeliz ele já não poderá ser. Nem sequer humanamente só: quem vive com a santa Igreja e sua liturgia, ou seja, vive de forma verdadeiramente católica, sente-se inserido nessa comunidade humana grandiosa, por toda parte encontra irmãos e irmãs, ligados com ele no íntimo. E uma vez que, de toda pessoa que se entrega nas mãos de Deus, brotam torrentes de água viva, ela exerce uma força de atração misteriosa nas almas sedentas; sem pretender isso, acaba tornando-se guia de outras pessoas que buscam pela luz, exercendo a maternidade espiritual, gerando e educando "filhos" e "filhas" para o Reino de Deus. A história da Igreja está repleta de pessoas, homens e mulheres, que trilhavam esse caminho "no mundo". E é evidente que nossa época tem necessidade dessas pessoas. Ao paganismo moderno, para o qual qualquer roupagem espiritual torna-se suspeita, e que não quer saber de qualquer doutrina de fé, a vida do além não poderá se aproximar de nenhum outro modo a não ser por meio de pessoas que, vistas a partir de fora, são iguais às outras, exercendo talvez a mesma profissão no mundo, que têm fortes interesses comuns com as pessoas deste mundo e, no entanto, sente-se que são sustentadas por uma força misteriosa, que provém de algum outro lugar

O Senhor está presente no tabernáculo com a divindade e a humanidade. Não está ali por causa de si mesmo, mas por nossa causa: porque é sua alegria permanecer junto aos filhos dos homens. E Ele sabe que nós, como somos, precisamos de sua proximidade pessoal. A consequência disso para todo aquele que pensa e percebe naturalmente é sentir-se atraído para lá, e pode ali permanecer tantas vezes e quanto quiser
É sobretudo o sacramento no qual o próprio Cristo está presente que nos torna membros de seu corpo. Participando do sacrifício e da ceia do sacrifício, sendo alimentados com a carne e o sangue de Jesus, nós próprios tornamo-nos sua carne e seu sangue. E é apenas quando e enquanto somos membros de seu corpo que seu Espírito pode nos vivificar e dominar: "é o Espírito que vivifica; pois é ele que torna os membros viventes; mas Ele só vivifica os membros que encontra no corpo. Portanto, para o cristão não há nada pior que temer estar separado do corpo de Cristo. Pois, quando há essa separação, não é seu membro: se ele já não é seu membro, já não será vivificado pelo seu Espírito [...]" Mas nos tornamos membros do corpo de Cristo "não apenas por meio do amor [...] Mas em toda realidade, por tornar-se um com sua carne: pois isso é que se opera pelo alimento que Ele nos doa, para demonstrar o desejo que tem por nós. Foi por isso que Ele próprio nos adentrou, configurando em nosso ser o seu corpo, para que sejamos um, como o corpo forma um conjunto com a cabeça" –(SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ, TEU CORAÇÃO DESEJA MAIS)

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