SER VOZ E REFLEXO DE JESUS NA VIDA DIÁRIA
A palavra de Deus na primeira leitura fala da heresia. Heresia é confundir Cristo com o nosso pensar e o nosso querer, e fabricar um Cristo a nossa imagem e semelhança. Este Cristo manipulado e tantas vezes mudado é claro que não pode ser o Cristo Salvador.
O fragmento da primeira leitura revela as linhas essenciais da falsa doutrina divulgada pelo “anticristo” em uma época atormentada do final do século primeiro. Para essa falsa doutrina, Jesus não era considerado como o Messias nem como o Filho de Deus. Essa heresia cristológica considerava impossível que o Verbo Divino se fizesse carne à maneira humana. Mas para o apostolo João, testemunha ocular do Verbo Divino, o Verbo da vida (cf. 1Jo 1,1-4), negar a divindade de Jesus significa não ter comunhão com o Pai e não ter a verdadeira vida (1Jo 2,22-23; cf. Jo 20,30-31); negar a união do divino e do humano em Jesus significa ser “anticristo” porque o humano em Jesus é o reflexo perfeito do divino, é o reflexo do Pai: “Aquele que me viu, viu o Pai” (cf. Jo 14,9). E em outra ocasião Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).
São João nessa primeira Carta quer orientar nossa sensibilidade. Não se trata de fazer de Jesus um ídolo e sim de abrir nossos ouvidos à sua Palavra, pois Sua Palavra é vida e luz para nós todos: “No Verbo havia vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1,4) e por isso nos orienta (cf. Jo 8,12). Um Jesus que não nos servir como caminho ao Pai (cf. Jo 14,6) é um Jesus que não nos interessa do ponto de vista da fé. Jesus é o misterioso laço de união entre a humanidade caída e o Pai, pronto para nos salvar: “Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai. Confessa o Filho possui também o Pai” (1Jo 2,23).
Como cristãos somos essencialmente ouvintes da Palavra da Salvação, aceitadores do Filho, e escutando-O nos realizamos como filhos do Pai celeste e irmãos dos demais homens. O que nos é pedido não é essencialmente nosso conhecimento ou nosso saber, e sim nossa fidelidade. Fidelidade é guardar ou observar o que é ouvido da Palavra de Deus (cf. Mt 7,24; Jo 14,23). Por isso, o verbo que mais vezes se repete na primeira leitura, é “permanecer”. É um verbo que fala de fidelidade, de perseverança, de manter na verdadeira fé sem deixar-se enganar. Permanecer em Jesus significa ter fé nele. Há várias maneiras de ser fiel: com o pensamento e o coração, com as palavras de testemunho que damos diante dos demais e com as ações, com os compromissos, com as obras e com as decisões da vida diária, de acordo com o mandamento do Senhor resumido no amor fraterno.
E lemos no Evangelho o testemunho de João Batista acerca de Cristo. Para a pergunta “Quem és tu?”, João Batista confessa, evitando qualquer mal-entendido acerca de sua pessoa e de sua própria missão, que não é o Cristo, o Salvador esperado. Este testemunho em forma de afirmação negativa que sai da boca de João Batista é uma autentica confissão de fé no messianismo de Jesus. João Batista se define apenas com as palavras do profeta Isaias: “Voz que clama no deserto” que prepara o caminho de Cristo. Ele não é a luz. Ele é apenas uma lâmpada que tem tempo limitado de duração. Ele é apenas aquele que dá testemunha da verdadeira Luz que é o próprio Jesus Cristo (cf. Jo 8,12). Ele não é a Palavra Encarnada, mas somente a voz que prepara o caminho com a purificação dos pecados através de seu batismo: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis”.
O testemunho de João Batista pretende suscitar a fé em todo mundo para o grande desconhecido, o Portador da salvação, que vive entre os homens (Jo 1,14). Por isso, a fé de João Batista está orientada ao anúncio de Jesus e não é apenas para o consumo próprio. João Batista é aquele que chama atenção, não para si mesmo e sim para Aquele é o verdadeiro Salvador. João Batista nos ensina que a fé deve ser transformada em anúncio, o fiel deve se tornar em anunciador da Boa Nova. Todo cristão é um propagador da Palavra de Deus na aridez espiritual de nosso mundo, um propagador que chama os outros ao encontro de Jesus Cristo que é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6).
João Batista testemunha Jesus Cristo com fidelidade e valentia. Não quer falar de si mesmo, nem contar seus méritos nem suas façanhas. João Batista somente quer que os outros o considerem como “a voz que clama no deserto”, a voz que prepara os caminhos de Deus, a voz que chama todos a preparar o lugar de Deus no mundo, especialmente no coração de cada um. A voz desaparece, mas a mensagem fica.
O cristão é chamado a ser anunciador da Boa Nova, a ser a voz que grita, com a própria vida, a verdade de Cristo apesar da pobreza que experimenta e da fragilidade de suas palavras humanas. O cristão é o homem que se define em função de Cristo, d’Aquele que vem sempre aos seus para comunicar salvação e vida.
Como cristãos e como pessoas do bem devemos ser a voz de Deus sobre o amor neste mundo. Podemos desaparecer, mas a marca de amor que testemunhamos e transmitimos deve ficar para sempre entre as pessoas. Além disso, nós, como João Batista, deveríamos falar menos de nós mesmos, acreditar menos em nós mesmos e nos converter em “a voz” que dá testemunho de Deus, de seu amor presente em Jesus Cristo.
Santo Agostinho comenta: “João era voz, mas o Senhor é a Palavra que no principio já existia. João era uma voz provisional; Cristo, do principio, é a Palavra eterna. Ao tirar a palavra, o que será a voz? Se não houver conceito, tudo será nada mais do que ruído vazio. A voz sem palavra chega ao ouvido, mas não edifica o coração. João é a voz que grita no deserto, a voz que rompe o silêncio...”.
Lembremo-nos das seguintes palavras já postas por nós anteriormente. Ser voz é uma vocação muito humilde, mas é maior de todas. Ser voz é ser uma mensagem, é ser uma chamada aos demais para o bem, para a Luz que ilumina. A voz é feita para proclamar, para anunciar e para denunciar. A voz deixará de ser voz, se não gritar, se não proclamar, anunciar e denunciar. A voz se condenará, se deixar de anunciar a mensagem sobre o bem. Uma voz do bem é capaz de renovar o mundo. Se faltarem as vozes do bem para anunciar e denunciar, o mundo perderá sua consciência. Por esta razão, como vale e quanto vale sua voz! Como vale e quanto vale sua palavra! Como vale e quanto vale sua mensagem! Como vale e quanto vale seu grito que rompe o comodismo, que rompe o modo de viver sem vida. É preciso contemplar Jesus Cristo, Luz do mundo para que sejamos reflexos de sua luz para os outros, iluminado suas vidas embora o reflexo dure apenas em pouco tempo.
P. Vitus Gustama,svd
Fonte: É PRECISO CAMINHAR
Preparai o caminho do senhor
João Batista, o precursor do Messias Jesus, nos ensina a dar testemunho de nossa fé cristã: não somos mais que uma voz que clama, no deserto deste mundo violento e injusto, que em Jesus Deus nos visitou definitivamente, para mostrar-nos seu amor, sua misericórdia e ternura, para desatar as cadeias de nossas opressões, para batizar-nos não com água, mas com o fogo de seu Espírito, que nos transformará em homens e mulheres de paz, justiça e solidariedade.
Mais uma vez, a figura central do evangelho de hoje é o Precursor, João Batista. Essa vez, num texto tirado do Evangelho de João, o Batista é apresentado como testemunha de Jesus. Ele assume a identidade de quem veio gritar “Aplainai o caminho do Senhor”, usando uma frase tirada de Isaías 40,3. No texto de Isaías, esta frase é usada para preparar o Novo Êxodo, a volta dos exilados do cativeiro na Babilônia, no início do tal chamado “Livro da Consolação de Israel” (Is 40-55). A mensagem de João Batista também prepara o povo para um evento de grande alegria – a vinda do Messias, Jesus de Nazaré!
Nesse texto, já no primeiro capítulo do Evangelho de João, entram em cena os que serão mais tarde os adversários de Jesus – as autoridades dos judeus. Embora às vezes no Quarto Evangelho o termo “os judeus” designa o povo de Israel em geral (cf.3,25;4,9.22 etc), aqui, como na maioria das vezes, o termo significa os representantes dum mundo que não compreende, e eventualmente hostiliza Jesus. Nesse sentido, ele caracteriza especialmente as autoridades religioso-políticas do judaísmo da época – os sacerdotes, fariseus e escribas.
Nesse texto, já no primeiro capítulo do Evangelho de João, entram em cena os que serão mais tarde os adversários de Jesus – as autoridades dos judeus. Embora às vezes no Quarto Evangelho o termo “os judeus” designa o povo de Israel em geral (cf.3,25;4,9.22 etc), aqui, como na maioria das vezes, o termo significa os representantes dum mundo que não compreende, e eventualmente hostiliza Jesus. Nesse sentido, ele caracteriza especialmente as autoridades religioso-políticas do judaísmo da época – os sacerdotes, fariseus e escribas.
Atrás do texto também dá para entrever a tensão que existia dentro da comunidade do discípulo amado entre os seguidores de João Batista e de Jesus. Por isso a insistência no texto em informar que João “não era o Cristo”, mas testemunha do fato de que Jesus era o enviado de Deus.
No mais, o evangelho retoma a mensagem dum convite para que todos nós preparemos o caminho do senhor. “Aplainai o caminho do Senhor” significa facilitar a sua chegada entre nós, tirando das nossas vidas tudo que possa impedir um encontro real com Jesus. No nível individual, aqui há um convite para uma conversão pessoal, que é um processo contínuo na vida de todos nós. Mas também há o desafio para que nos empenhemos na luta contra tudo que possa diminuir a vida humana – tudo que causa sofrimento aos nossos irmãos e irmãs. Pois o pecado que existe no mundo não é somente pessoal, mas também social – muito mais do que a soma dos erros individuais. O pecado social se manifesta nas estruturas sociais injustas e opressoras, que tiram de tanta gente a dignidade dos filhos de Deus. A voz do Precursor, como a de Isaías quinhentos anos antes dele, nos desafia para que a nossa conversão pessoal também se manifeste no esforço para a construção dum mundo mais digno, justo, humano e fraterno – o mundo que Jesus veio estabelecer.
Também nos ensina o Batista que não devemos interpor-nos entre Jesus, o enviado, o filho de Deus, e tantas pessoas que querem conhecê-lo e segui-lo. Não podemos pregar a nós mesmos, pretender que acreditem em nós, em nossos particulares interesses e propósitos. Não podemos pretender impor nossa mensagem à força ou aproveitando-nos das necessidades dos pobres e dos pecadores que queiram recebê-lo, ou desprezando-os por sua condição.
O profeta do Jordão proclama que Jesus está no meio de nós sem que o conheçamos, sem que o tenhamos descoberto. Até o lugar onde João prega e batiza é significativo: a outra margem do Jordão, uma aldeia perdida que não é a Betânia próxima a Jerusalém, mas o deserto agreste e inóspito para onde vão buscá-lo os que esperam a Deus. É o que hoje denominamos “a periferia”, opondo-a aos centros do poder econômico, político e até mesmo religioso. Os imensos e supervoados bairros de nossas grandes cidades, cheios de camponeses imigrantes, de pobres trabalhadores informais, sempre beirando a miséria absoluta. Ali estão os que de verdade esperam escutar a voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor! Sejas tu meu irmão minha irmã essa voz que gritando também convida todo o mundo a acolher Jesus o Senhor que nasceu nos nossos corações.
Padre Bantu Mendonça
Imitemos a humildade de São João Batista
A voz que brada no dno deserto se descreve e nos aponta para Aquele que batiza no fogo do Espírito Santo.
No dia em que celebramos o grande testemunho de São João Batista, a Igreja nos presenteia com a memória dos santos São Basílio Magno e São Gregório Nazianzeno.
São Basílio e São Gregório Nazianzeno, unidos na vida, na fé, na cultura e na santidade, são comemorados na mesma data para, assim, permanecerem juntos também na posteridade.
Ambos nasceram na Capadócia, por volta do ano 330 e na mesma região exerceram suas funções literárias e pastorais. Na família de Basílio foram santificados a avó Macrina, a mãe Emélia e também os irmãos Gregório de Nissa, bispo e filósofo; Pedro, bispo de Sebaste e a virgem Macrina.
São Basílio se consagrou ao serviço como Arcebispo de Cesárea, doutor da Igreja e patriarca dos Monges do Oriente. Foi considerado modelo de pastor, exemplar em todas as virtudes e “um baluarte da fé contra os ataques dos heréticos arianos”.
Empenhou a vida em amenizar os problemas sociais de seu tempo, chegando a fundar uma verdadeira “cidade filantrópica” onde os pobres dispunham de hospital, orfanato, escola, abrigo etc.
Ficou célebre por combater a avareza dos ricos, de quem não cansou de cobrar solidariedade com os menos favorecidos. Morreu aos 49 anos, em 379.
São Gregório Nazianzeno, em nome da ortodoxia, tirou Basílio de seu retiro para que o ajudasse na defesa da fé do clero e da Igreja. Desde a mais tenra idade, demonstrou temperamento místico e queda para o monastério. Quando adulto, tornou-se famosíssimo orador e teólogo, sendo por isso muito perseguido pelos arianos.
Mesmo sob pressão dos inimigos, aceitou ser declarado Patriarca de Constantinopla e, nesta posição, presidiu o primeiro Concílio ali sediado, em 381, que definiu a divindade do Espírito Santo.
Mas as perseguições arianas foram tantas que se viu obrigado a abdicar do cargo, voltando para sua solidão de monge e para o trabalho literário. De sua autoria conservam-se 53 sermões, 242 cartas e incontáveis poesias de teor religioso. Faleceu em 389.
Fazendo referência ao Evangelho de hoje, ele dizia no princípio que João Baptista se deu a conhecer aos sacerdotes e levitas que procuravam saber quem ele era.
João Batista, em continuidade ao seu anúncio de conversão devido a vinda iminente de Jesus, o Deus que veio edificar a sua tenda entre as populações excluídas da periferia, trouxe preocupações às elites que se sentiram ameaçadas. Não sabendo quem era João, enviam mensageiros para lhe perguntar: “Quem és tu? És o Messias?” É que as multidões acorriam a ele, o que suscitou desconfiança e temor entre estas elites. Então, humildemente, João se dá a conhecer: “Eu batizo com água, mas, no meio de vocês, está alguém que vocês não conhecem. Ele vem depois de mim, mas eu não mereço a honra de desamarrar as correias das sandálias d’Ele”. Com humildade e simplicidade, ele nos ensina a dar lugar a quem tem direito e vez!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: CANÇÃO NOVA – HOMILIA DIÁRIA
Eu sou a voz de quem grita no deserto.
Hoje, o Evangelho propõe à nossa contemplação a figura de João Batista. «Quem és tu?», perguntam-lhe os sacerdotes e os levitas. A resposta de João manifesta claramente a consciência de cumprir uma missão: preparar a vinda do Messias. João responde aos emissários: «Eu sou a voz de quem grita no deserto: Endireitai o caminho para o Senhor» (Jo 1,23). Ser a voz de Cristo, o seu alto falante, aquele que anuncia o Salvador do mundo e prepara a Sua vinda: esta é a missão de João e, tal como dele, de todas as pessoas que se sabem e sentem depositárias do tesouro da fé.
Toda a missão divina tem por fundamento uma vocação, também divina, que garante a sua realização. Tenho a certeza de uma coisa, dizia São Paulo aos cristãos de Filipos: «Aquele que começou em vós tão boa obra há-de levá-la a bom termo, até o dia do Cristo Jesus.» (Flp 1,6). Todos, chamados por Cristo à santidade, temos de ser a Sua voz no meio do mundo. Um mundo que, muitas vezes, vive de costas para Deus e que não ama o Senhor. É preciso que O tornemos presente e O anunciemos com o testemunho da nossa vida e da nossa palavra. Não o fazer, seria atraiçoar a nossa vocação mais profunda e a nossa missão. «Pela sua própria natureza, a vocação cristã é também vocação para o apostolado.», comenta o Concílio Vaticano II.
A grandeza da nossa vocação e da missão que Deus nos destinou não provém dos nossos méritos, mas daquele a Quem servimos. Assim o exprimiu João Batista: «Não sou digno de desatar as correias da sandália» (Jo 1,27). Como Deus confia nas pessoas!
Agradeçamos de todo o coração a chamada a participar da vida divina e a missão de ser, para o nosso mundo, além da voz de Cristo, também as Suas mãos, o Seu coração e o Seu olhar e renovemos, agora, o nosso desejo sincero de sermos fiéis.
Rev. D. Joan COSTA i Bou (Barcelona, Espanha)
Mas está entre vós alguém (...) aquele que vem depois de mim.
Hoje, no Evangelho da liturgia eucarística, lemos o testemunho de João Batista. O texto que precede estas palavras do Evangelho segundo São João é o prólogo em que se afirma com clareza: «E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós» (Jo 1,14). Aquilo que no prólogo —a modo de grande abertura— se anuncia, manifesta-se agora, passo a passo, no Evangelho. O mistério do Verbo encarnado é o mistério da salvação para a humanidade: «A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo» (Jo 1,17). A salvação chega-nos por meio de Jesus Cristo e, a fé é a resposta à manifestação de Cristo.
O mistério da salvação em Cristo está sempre acompanhado pelo testemunho. O próprio Jesus Cristo é o «Amém, a testemunha fiel e verdadeira» (Ap 3,14). João Batista é quem dele dá testemunho, com a sua missão e visão de profeta: «entre vós está alguém que vós não conheceis (…) aquele que vem depois de mim» (Jo 1,26-27).
E os Apóstolos entendem a sua missão: «Deus ressuscitou este mesmo Jesus, e disso todos nós somos testemunhas» (At 2,32). A Igreja, toda ela, e, portanto todos os seus membros têm a missão de serem testemunhas. O testemunho que trazemos ao mundo tem um nome. O Evangelho é o próprio Jesus Cristo. Ele é a “Boa Nova”. E a proclamação do Evangelho por todo o mundo deve ser igualmente entendida como clave do testemunho que une inseparavelmente o anúncio e a vida. É conveniente recordar aquelas palavras do Papa Paulo VI. «O homem contemporâneo escuta melhor quem dá testemunho do que quem ensina (…) ou, se escutam os que ensinam, é porque disso dão testemunho».
Mons. Romà CASANOVA i Casanova Bispo de Vic (Barcelona, Espanha)
Fonte: EVANGELI.NET
E você? A que você veio ao mundo?
Hoje voltamos a refletir sobre João Batista, mas o enfoque será diferente. Gostaria de falar sobre algo que é característico das pessoas que deixam sua marca na história: a consciência da sua missão.
Cada um de nós tem uma missão a cumprir no mundo. A missão de João Batista era clara, e ele tinha plena consciência disso: devia anunciar a vinda do Messias Salvador, e preparar seus caminhos. João Batista foi estritamente necessário para o plano de Deus, não apenas por ser o cumprimento de uma profecia, mas principalmente por ter cumprido seu papel fielmente. Por causa dele, muitos já ficaram na expectativa da vinda breve do Salvador.
E você, já teve alguma vez na vida a sensação de que, caso você realmente se esforce para conseguir algo na vida, você consegue? E quer saber? Consegue mesmo! Você tem todas as "ferramentas" necessárias para conseguir o que quiser, só precisa se esforçar. E é aí que está o ponto que eu quero chegar depois de toda essa conversa: para alcançar uma grande meta, é preciso um grande esforço. E para se esforçar de verdade é preciso uma motivação! Então esse é o segredo: motivação!
O que o impulsiona? Quem o impulsiona? Lamento dizer que se o seu impulso vem de fora de você... infelizmente uma hora ele vai falhar... Mas se o seu motor propulsor para alcançar a meta for a sua sabedoria, a sua inteligência, a sua consciência, a sua inconformidade com a situação, e associado a isso estiver o Espírito Santo, então você vai certamente deixar registrada a sua passagem por este mundo como uma pessoa que não desistiu dos seus objetivos. E pode ter certeza: é melhor passar a vida tentando alcançar uma grande meta, do que não ter meta nenhuma na vida.
Jailson Ferreira
Fonte: REFLEXÕES BÍBLICAS – LITURGIA DIÁRIA
https://sites.google.com/site/terradeimaculada1/liturgia-diaria/02012013
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