GEORGE MAXWELL pergunta:
Cido, obrigado por nos conceder essas respostas para nos apronfundarmos no conceito da Fé, para então assim darmos testemunho e razão da nossa fé com mansidão como exorta São Pedro. Mas, o que desejo lhe perguntar é o seguinte, que no meu caso estaria mais para uma Direção Espiritual: - Teria como uma pessoa que estar em um processo de "comunhão" com outros, estando em grande contanto com a preguiça, se conter perante os outros para que a preguiça não "contagie" os outros? Como poderia ser feito? Fraternalmente!
Padre Cido responde:
George, continuo não entendendo muito bem sua pergunta, mesmo depois de você tê-la reformulado. O que será esse tal “processo de comunhão”? E esta história de “preguiça”? Preguiça de quê? Em todo caso, aqui vai uma reflexão. Se nós estamos caminhando juntos com outras pessoas, se queremos viver intensamente esta comunhão, temos que vencer a inércia, a preguiça.
Temos que doar nosso tempo, temos que nos doar. A tentação da preguiça tem tudo a ver com a tentação do desânimo. Achar que não vale a pena estar juntos, achar que não vale a pena rezar junto, achar que não vale a pena trabalhar num projeto. Temos que lembrar diante dessas tentações que são freqüentes, que tentação sempre vamos ter. Por isso é que Jesus no Pai Nosso, em vez de colocar em nossa boca o pedido: “Não nos deixeis ser tentados” ele colocou o pedido “Não nos deixeis cair em tentação”. A tentação, de uma certa forma, testa a nossa disposição, a nossa generosidade, a nossa firmeza interior. George, terminando: se a preguiça da gente for tanta a ponto de contagiar outras pessoas, é preciso que façamos um revisão de nosso compromisso. Mais do que preguiça, nesta situação, a coisa cheira mesmo é falta e fé. Pense nisso. Um abraço do padre Cido.
CLEBER MULLER pergunta:
Padre recebi a visita de um crente e quando entrou na minha casa viu a Nossa Senhora em minha estante, ele perguntou se eu acreditava na bíblia eu disse que lógico que acreditava. Porém ele pediu minha bíblia que também estava aberta na estante e pediu para eu abir em êxodo 20 e pediu para eu ler o versiculo 1,2,3 e o 4, ai vi que falava de imagem, fiquei confuso sobre a Nossa Senhora. Afinal na estante é uma escultura dela, então pergunto, devo venerar a Nossa Senhora apenas sem a imagem pois não sei o que fazer?
Padre Cido responde:
Cleber quando esse ou outro crente qualquer vier importuná-lo, peça para ele imaginar como Deus é. Peça para ele imaginar como Jesus era, como era o aspecto físico de Jesus. Quando ele acabar de explicar a você, diga a ele que ele acabou de fazer uma imagem mental de Deus. Imaginar significa isso: fazer uma imagem.
Outra coisa, Cleber, se esse crente volta a amolar você, pergunte a ele se ele sabe em que contexto Deus falou sobre a imagem para o povo de Israel. Certamente ele não vai saber, porque muitos crentes não levam a sério o estudo da Bíblia. Preferem ficar na “letra” e é ficar na letra que leva ao fundamentalismo religioso que é pernicioso, perigoso.
Você então explique a ele, que Deus tinha mesmo que ser severo com Israel, porque Israel, o povo de Deus no Antigo Testamento, estavam misturados com muitos povos pagãos e era preciso defender a pureza da fé. Deus se revelou por isso a Israel como um Deus ciumento. Enfim Cleber, pergunte a ele como ele explica que o próprio Deus mandou fazer uma serpente de bronze no deserto para que todos que olhassem para ela ficassem curados das picadas das cobras que invadiam o acampamento.
Pergunta a ele porque Deus mandou que se fizessem duas imagens de anjos para enfeitar a Arca da Aliança. Se você quiser levar mais avante a conversa, diga para ele se ele pensa que você é burro. Nenhum católico é burro. Todos sabemos que nossas imagens são de barro, de gesso, de resina.... Por isso mesmo nós não as adoramos. Nós as veneramos porque elas nos lembram pessoas santas que são para nós modelos de fé. Adorar? Só a Deus... e pronto. Fique com Deus meu irmão.
GUSTAVO PIMENTA pergunta:
Padre Cido Toda Segunda-feira eu faço a Catequese do crisma e no final do encontro a turma toda rezou o Ângelus do senhor eles rezaram em uma Parte EIS A ESCRAVA DO SENHOR FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A VOSSA PALAVRA, porém eu rezei EIS A SERVA DO SENHOR FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A VOSSA VONTADE , todos me olharam com uma cara esquisita ai eu expliquei Que Maria não foi escrava e sim foi serva,ai eles leram como tava na Biblia Pastoral: Eis a Escrava do Senhor mas na Biblia de Jerusalem e na Ave-Maria esta escrito: Eis a Serva do Serva do Senhor Padre Quero tirar essa duvida Maria foi SERVA ou ESCRAVA? Eu fui certo em corrigir o Grupo em dizer que Maria foi serva e não escrava? Abraços
Padre Cido responde:
Gustavo, trocar escrava por serva é trocar seis por meia dúzia, porque os dois termos se equivalem. A palavra “servo” significa escravo, e a palavra “escravo” significa “servo”. Lembre-se que Jesus quando se refere a servo, ele está falando mesmo de alguém que trabalha de graça, que é obrigado a trabalhar para alguém em troca de comida.
Ele fala de “servo bom e fiel”, ele fala do servo que não tem nada a reclamar, porque sua obrigação tem que ser feita. Em todo caso, eu, pessoalmente, prefiro ainda a expressão “servo, serva”, embora, repito, os dois termos se equivalham. Então a oração do Ângelus fica assim: O anjo do Senhor anunciou a Maria... e ela concebeu do Espírito Santo. Eis aqui a serva do Senhor.... faça-se em mim segundo a tua palavra. E o verbo se fez carne e habitou entre nós. A oração do Ângelus é belíssima. Nela nós proclamamos o mistério da encarnação e a participação importantíssima de Maria na concretização deste mistério. Vale a pena refletir com a meninada da crisma sobre este mistério, Gustavo. O Filho de Deus se faz homem para nós homens sejamos filhos de Deus. Por isso, João fala desse mistério como um sinal do amor de Deus, consentindo que nós sejamos seus filhos, no Filho Jesus. E nós somos mesmo filho de Deus, insiste São João. Fique com Deus, Gustavo. Que ele abençoe você e sua família.
VICTOR CABRAL CADORINI pergunta:
Padre Cido, muito obrigado pela resposta à pergunta que fiz! Gostaria de saber agora, sobre o Batismo. Porque os protestantes criticam tanto o batismo de crianças? Dizem que na Bíblia não há passagem que prove esta prática e que criança não pode se arrepender dos pecados que elas não fizeram, mesmo sendo o pecado original, porque elas não têm consciência. Está certo isso? Eu acredito, que sim, padre, porque depois os batizados confirmam seu batismo com o Crisma, correto? Já até falei isso uma vez para uma protestante, mas ela me disse que não se pode "brincar" com o sacramento, e que Batismo é Batismo, e é feito assim. Obrigado, Padre!
Padre Cido responde:
Victor, esta polêmica vai prosseguir até o fim do mundo, quando Jesus voltar. Os protestantes nos acusando de batizar crianças e nós nos defendendo com argumentos muito sérios sobre as nossas razões de batizar crianças.
Vou dar as razões da Igreja para você. Certamente sua amiga protestante vai continuar amolando você. Mas pelo menos você terá argumentos para conversar com ela.
1. Como negar o carinho de Jesus pelas crianças? Ele disse aos que queriam afastá-las dele: "Deixem que as crianças venham a mim". Ele defendeu as crianças afirmando: "Ai daqueles que as escandalizar". Ele foi criança e cresceu em idade, estatura e sabedoria diante de Deus e dos homens". Negar isso é ser anti-evangélico.
2. No início do cristianismo houve conversões de famílias inteiras. Paulo batizou toda a família de seu carcereiro. E aquela frase: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família" é muito usada pelos evangélicos. Ora, numa família há pessoas de todas as idades: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Não é mesmo? Então não me digam que na Igreja primitiva não se batizavam crianças.
3. A Igreja Católica não só batiza como recomenda que se batizem as crianças o quanto antes. É claro, ninguém é tão retardado para não entender que uma criança recém nascida não tem fé. Mas a Igreja não batiza na fé da criança, mas na fé da família e de dos padrinhos. Isso é muito sério. É uma família cristã oferecendo a Deus uma vida nova e se comprometendo a ajudar esta criança , quando chegar a idade da razão, fazer a sua opção por Jesus. Então, Victor, em vez de ficarmos com essas eternas discussões, vamos aprofundar mais as verdades de nossa fé católica, vamos celebrar, viver e testemunhar a nossa fé com alegria e pronto. Fique com Deus e que ele abençoe você e sua família.
REINALDO pergunta:
Padre sou casado a 4 anos, eu e minha esposa somos fiéis um ao outro, ela faz uso de anticoncepcional e eu uso preservativo, já temos um filho de 2 anos. Estamos agindo corretamente?
Padre Cido responde:
Reinaldo. Eu vou passar para você o que a Igreja nos ensina sobre a sexualidade. Para a Igreja o exercício da sexualidade humana está a serviço do amor e da procriação. Por isso mesmo, o sexo não tem nada de sujo. Ele existe para que homem e mulher concretizem sua união de amor não apenas no plano espiritual mas também no plano físico também.
E o sexo, prazeiroso como é também está a serviço da preservação da espécie. Não fosse assim, não fosse uma fonte de prazer, fosse ao invés, doloroso ou seu nenhum atrativo, como levar avante o “crescei e multiplicai-vos” como o senhor nos ensinou, não é mesmo?
Por tudo o que acabei de dizer, Vicente, a sexualidade humana fechada sobre si mesma, estéril, não aberta à vida, voltada unicamente para o prazer, não atinge a sua finalidade plena, sendo por isso mesmo considerada fora dos projetos de Deus. Que se pense, por exemplo, na prostituição masculina e feminina, que se pense no tráfico de pessoas, adultas e menores, para este fim. A Igreja não pode se calar, não é mesmo? Agora, quanto à vida conjugal, a Igreja não é contra o planejamento familiar.
Ela ensina que o casal pode e dever ter os filhos que pode criar. E vem então a questão: e como fazer isso sem o uso dos anticoncepcionais e preservativos? Pois é, o que a Igreja aconselha é o uso dos meios naturais par se evitar a concepção. E ela não está errada nem fora da realidade como se pensa. Porque muitos métodos anticoncepcionais interferem na saúde da mulher, alguns deles sendo até abortivos.
Nesta altura do campeonato, o meu amigo Vicente deve estar pensando consigo mesmo: E eu e minha esposa como é que ficamos? Meu irmão, o mais bonito na sua pergunta é o que você afirma: “eu e minha esposa somos fies um ao outro. Então Vicente, vocês têm mesmo é que conversar, têm mesmo é que ver se o prazer legítimo do relacionamento sexual, não está sendo egoísta, se existirá uma forma de vocês serem fiéis também aos ensinamentos da Igreja.
Um bom papo com um padre amigo, um diálogo sincero, uma oração em comum para pedir as luzes do alto para vocês se sentirem felizes... vai ajudar muito. Fiquem com Deus e que sua família seja abençoada sempre.
- http://www.familiamissionaria.com.br

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