ALMA MATER
A Santíssima Virgem na história da Igreja
Editoria Perfeita Devoção
A bem-aventurada Virgem avançou em sua peregrinação de fé, manteve fielmente sua união com o Filho até a cruz, onde esteve de pé não sem desígnio divino, sofreu intensamente junto com seu unigênito. E com ânimo materno se associou a seu sacrifício, consentindo com amor na imolação da vítima por ela gerada. Finalmente, pelo próprio Jesus moribundo na cruz, foi dada como mãe ao discípulo com estas palavras: "Mulher, eis aí teu filho" (Jo 19,26-27). (CIC, 964).
Além de reconhecer o papel da Santíssima Virgem Maria no ministério de Cristo e do Espírito, a Igreja Católica a reconhece e a honra na condição de Mãe de Deus Redentor, atribuindo-Lhe também o título de Mãe da Igreja (1) .
Após a ascensão de seu Filho, Maria "assistiu com suas orações a Igreja nascente". Reunida com os apóstolos e algumas mulheres, "vemos Maria pedindo, também ela, com suas orações, o dom do Espírito, o qual, na Anunciação, a tinha coberto com sua sombra" (CIC 965).
Além de sua concepção imaculada, concedida por méritos de Jesus Cristo, a Igreja reconhece Sua assunção ao Céu. Assim como Seu Filho, Seu corpo glorioso não foi legado a corrupção.
Verdadeiramente, Maria Santíssima identifica-Se com a própria Igreja (2) .
A primeira aparição
Seu papel co-redentor acentua-se através de Sua amorosa solicitude presente ao longo desses dois milênios de Cristianismo. Além da natural devoção que Sua maternal figura inspira, a Santíssima Virgem tem sido a preciosa seiva que indiretamente fortalece a Vinha de Nosso Senhor por meio de milhares de manifestações sobrenaturais em todo o mundo.
O primeiro registro reporta ao tempo em que ainda vivia na Terra, tendo ocorrido, portanto, um fenômeno conhecido como bilocação. Foi precisamente no dia 12 de outubro de 1940, ao apóstolo Tiago Maior, irmão de João Evangelista que recebera do próprio Mestre, aos pés da Cruz, a elevada incumbência de cuidar de Sua Mãe.
O apóstolo Tiago Maior fora um dos privilegiados por Jesus na Transfiguração do Tabor e na Agonia do Horto. Após a Ascensão do Senhor, recebera a desafiadora missão de levar o Cristianismo à Península Ibérica.
Segundo relata Felippe Cocuzza, Tiago subiu à Península Ibérica chegando à Galécia, hoje Galiza ou Galícia. A Galiza passou a ser conhecida por terra de Jacó-Iaco, que depois ficou Iago e depois Santo Iago e finalmente Santiago. Naquela província seria fundada a cidade de Santiago de Compostela, tornando-se posteriormente um dos lugares mais importantes de peregrinação do mundo cristão.
Tiago era um parente próximo da Mãe do Senhor e por Ela muito amado. Segundo o relato dos historiadores, Tiago havia saído de Jerusalém, em direção à Espanha logo após a Ascensão de Nosso Senhor ao céu. Juntamente com seus discípulos laboravam arduamente para levar a Fé ao povo espanhol.
Estando a Santíssima Virgem em Éfeso com João, que seria o futuro São João o Evangelista (irmão de Tiago) Jesus lhe aparece e a encarrega de ir, acompanhada pelos anjos, à Saragosa onde estava Tiago, para dizer-lhe do seu desejo que ele voltasse à Jerusalém, onde seria martirizado.
Aparece sobre um trono de luz
Assim, conforme relata a história, no dia 12 de outubro do ano 40, São Tiago rezava fervorosamente com seus discípulos, agradecendo a Deus pelas muitas conversões que fizera em Saragosa, quando a Mãe do Verbo lhe aparece acompanhada de anjos, sentada num trono de luz, circundada por nuvens diáfanas, e lhe diz:
“Tiago, servo do Altíssimo, bendito sejas de Sua Destra e que Ele te abençoe com Sua Divina Graça. Tiago meu filho, este lugar foi escolhido pelo Altíssimo e Todo Poderoso Deus do céu para que aqui lhe consagres um templo, onde sob o título de Meu Nome seja também o Seu Nome exaltado e engrandecido”.Ao pronunciar estas palavras, os anjos entregaram a São Tiago a coluna ou pilar com a imagem da Mãe do Verbo. E a Santíssima Virgem continuou:
“E assim em Nome do Todo Poderoso, prometo a todos os fiéis que aqui vierem grandes bênçãos, proteção e amparo, porque este há de ser meu templo e minha casa, minha própria herança e possessão. E em testemunho desta verdade e promessa, ficará aqui esta coluna, e colocada sobre ela minha própria imagem, onde uma e outra perseverarão com a Santa Fé até o fim do mundo”.
“E tendo feito este serviço ao Senhor, ireis a Jerusalém, onde meu Filho Santíssimo quer que lhe ofereças o sacrifício de tua vida.”O povo da Espanha venera a Mãe de Deus pelo menos doze anos antes de Sua morte
Foi construída então uma pequena igreja. Iniciava-se o culto à Maria sob a invocação de Nossa Senhora do Pilar. Tiago, por sua vez, começou a sua última jornada à Jerusalém onde sofreu o martírio, tendo sido decapitado por ordem de Herodes Antipas, sobre o monte Sião, no ano de 44, tendo também evangelizado a Judeia.
Em Saragosa começaram a ser celebradas missas na pequena igreja e o povo venerava Nossa Senhora através da imagem lá deixada esculpida por mãos angélicas.
Os especialistas consideram que o aspecto principal deste milagre é de que o povo da Espanha tenha venerado a Mãe de Deus sob o título de Nossa Senhora do Pilar durante pelo menos doze anos antes de sua morte.
Algumas manifestações da Santíssima Virgem na história da Igreja
As intervenções da Santíssima Virgem sempre ocorrem em socorro das necessidades da Igreja:
a-) como auxílio para os cristãos (conversões, curas físicas ou espirituais, preservação de calamidades, guerras, pestes, intempéries, amparo a governantes e militares que laboram em defesa da Fé, etc);Assim, com essas suas aparições ou manifestações sobrenaturais, gradativamente, a Mãe do Verbo vai sedimentando a Fé e a piedade, perpetuando ao longo dos séculos na tradição dos povos, a essência da doutrina cristã.
b-) para suscitar vocações religiosas (sacerdotes ou religiosos, muitas vezes fundadores de ordens religiosas que sustentam importantes missões de cristianização pelo mundo);
c-) para esmagar e confundir heresias, ou prevenir contra os embates da serpente luciferina aos postulados da Fé (como se vê na história da Igreja o persistente esforço de um anticristianismo motivador dessas mesmas heresias explodindo em movimentos revolucionários e divisores da almejada unidade proposta por Cristo).
Com razão dizem os mariólogos que com Maria Santíssima (assim como em Jesus) não há chances para macroecumenismos que favorecem a a implementação da espiritualidade biônica pretendida pelos arquitetos da Nova Ordem Mundial.
De acordo com o mariólogo Pe. René Laurentin essas aparições ao longo da história da Igreja ultrapassam o número de 1400. Vejamos alguns exemplos:
Ano 70 - França
Por volta do ano 70, em Le Puy, atual França, vivia certa mulher recentemente convertida à verdadeira Religião. Encontrava gravemente doente. Tendo sido agraciada com a visão da Virgem Santíssima ficou curada e construiu no local das aparições uma pequena capela. Com o passar do tempo outros milagres que contribuíram para a sua popularidade foram sendo registrados. Entretanto, só muito lentamente as peregrinações foram surgindo até que, finalmente, no século XIX, no local da antiga capela, uma nova igreja foi construída. Os bispos locais aceitaram tal devoção, que se impôs mais pela perseverança ao longo de dezenove séculos do que por milagres espetaculares ou revelações retumbantes.
Ano 231 - Nissa
São Gregório de Nissa relata que a Santíssima Virgem apareceu a São Gregório, o Taumaturgo, no ano de 231, para esclarecer dúvidas a respeito de verdades da doutrina católica que estavam provocando sérias controvérsias na Igreja da época.
Ano 325 - Turquia
No ano de 325, a Mãe da Igreja aparece duas vezes a Nicolau, bispo de Mira, na Turquia, animando-o a cumprir sua missão. Graças a esta aparição, Nicolau vai sustentar com firmeza, no Concílio de Niceia, a divindade de Jesus Cristo, posta em dúvida pela heresia do judeu Ario e que quase destruiu o Cristianismo nascente. Com todas as forças e com o amparo daquEla que esmaga todas as heresias, Nicolau lutou por esta causa até o fim de sua vida.
Ano 352 - Roma
No ano de 352, a Mãe da Igreja revela-Se em Roma, a um casal rico, sem filhos, que resolvera doar tudo que possuía à Ela. Na noite do dia 4 para 5 de agosto, Maria Santíssima lhes aparece em sonho, e simultaneamente ao papa Libério, pedindo-lhes que se construíssem uma igreja no Esquilino.
Nessa revelação, a Santíssima Virgem informa que a igreja deveria ser construída exatamente no local em que, no dia seguinte, eles encontrassem neve. Foi então que, milagrosamente, no dia 5 de agosto, em pleno verão, a neve caiu no local indicado previamente pela Virgem e neste lugar providenciaram a construção de uma igreja em honra da Virgem Maria hoje chamada de Santa Maria Maior. Foi desta aparição que surgiu o culto à Nossa Senhora das Neves, cuja festa é celebrada em 5 de agosto.
Essa intervenção assume uma importância singular por ter ocorrido como uma antcipada resposta favorável do Alto ao Concílio de Éfeso (431), em que a Mãe de Jesus foi proclamada Mãe de Deus. Além disso, em 432-440 o papa Sisto III erigiu em Roma, exatamente no local escolhido, o monte Esquilino, a igreja mais tarde denominada Santa Maria Maior, historicamente a mais antiga do Ocidente dedicada à Santíssima Virgem.
Ano 363 - Roma
No ano de 363 o Imperador Juliano, chamado o Apóstata, decidira destruir a igreja onde São Basílio era bispo, e isso ele faria, quando voltasse da guerra contra os persas. Mas a Santíssima Virgem aparece ao santo e conforta-o, prometendo-lhe que Ela mesma iria protegê-lo. De fato Juliano não consegue realizar “sua promessa”, desde que morreu na guerra.
Ano 455 – Constantinopla
Aproximadamente cem anos depois deste fato, no ano de 455, em Constantinopla na Turquia, a Virgem reaparece, desta vez a um soldado, que certo dia conduzia um cego. O soldado ouve uma voz vinda do alto. Olha e vê a Mãe do Senhor que profetiza que ele se tornaria imperador e o cego recuperaria a visão. Pede-lhe ainda a construção de uma igreja em sua honra naquele local. De fato, o soldado tornou-se imperador com o nome de Leão I (457-474) e o cego recuperou a visão. Uma grande igreja foi construída no lugar da aparição. Leão I tornou-se conhecido por ter convencido Átila, o Huno em Roma, em 452, a voltar atrás de sua invasão da Europa Ocidental.
Ano 552 - Constantinopla
Cerca de cem anos depois, no ano de 552, ainda em Constantinopla, Nossa Senhora aparece a um menino judeu que sofria maus tratos do pai. A Virgem salva o garoto do domínio do pai cruel e ele e sua mãe se convertem ao catolicismo.
Ano 626 - Constantinopla
Nesse tempo os turcos de Constantinopla estão sendo duramente assediados pelos persas. O patriarca Sérgio convoca os sitiados para rogar auxílio à Santíssima Virgem. No décimo primeiro dia do assédio, os soldados presenciaram a incomum cena de uma bela senhora acompanhada de duas aias saírem de uma igreja e irem em direção do campo dos persas. Julgaram tratar-se da imperatriz, indo talvez levar alguma mensagem ao chefe das forças inimigas. No entanto, a imperatriz mantinha-se dentro da cidade e aquela senhora nunca mais foi vista. Logo depois da sua entrada no campo inimigo, uma grande confusão ocorreu no meio dos persas obrigando-os a interromper o ataque. Para os cristãos turcos a vitória foi uma clara intervenção milagrosa de Nossa Senhora que atendeu as súplicas do povo. Desde então, um novo nome foi incorporado aos vários já atribuídos à Virgem: Nossa Senhora Auxiliadora.
Ano 636 – Bolonha, França
No ano de 636, em Bolonha, França, um barco vazio, sem leme, chega à praia. No interior do barco havia apenas uma imagem da Virgem Maria e o menino Jesus. Ao se aproximar pessoas junto ao barco a Santíssima Virgem então aparece e lhes diz que escolhera aquela cidade para ali derramar muitas graças. Prontamente o povo construiu uma igreja para onde milhares de fiéis afluíam em peregrinação para honrar a imagem milagrosa. Infelizmente, na Revolução Francesa, essa imagem miraculosa foi destruída, restando dela, apenas uma mão que ainda hoje é conservada naquela cidade francesa. Em 1886, nova igreja foi construída no local, e uma cópia da primitiva imagem foi colocada no altar sendo até hoje venerada com o nome de Estrela do Mar.
Ano 714 - Constantinopla
A mãe de Santo Estevão pedira à Santíssima Virgem a graça de ter um filho. No ano 714, em Constantinopla, onde ela e o marido residiam, a Mãe da Igreja lhe aparece e diz: “Teu sofrimento terminou, a tua oração será atendida”. Naquele mesmo ano ela teve um belo menino a quem pôs o nome de Estevão, consagrando-o a Deus. Estevão se tornou sacerdote e grande defensor da fé cristã, sobressaindo-se especialmente na defesa contra as heresias do Imperador Constantino V, o Iconoclasta. Foi martirizado em 764.
Ano 815 – Corbie, França
Em 815, na cidade de Corbie na França, a Mãe da Igreja aparece ao jovem Anscário que depois se tornaria santo, pedindo que ele colocasse sua vida a serviço de Deus. O jovem prontamente obedeceu ao pedido da Virgem, dedicando-se de corpo e alma ao apostolado, principalmente na evangelização dos povos escandinavos. Evangelizou a Suécia e a Dinamarca, tornando-se conhecido como o Apóstolo do Norte. O papa Gregório IV o nomeou seu legado para toda a Escandinávia. Durante toda a sua vida, Anscário foi muito devoto da Santíssima Virgem: rezava muito se sobressaindo na prática da caridade. Fiel até à morte à promessa feita à Virgem, Anscário morreu em 865.
Ano 836 – Toulouse, França
Outra interessante aparição na França, cidade de Toulouse, ano de 836. Maria Santíssima revela-Se várias vezes ao sacerdote Gondisalve. Pede-lhe que se divulgasse o título de Imaculada Conceição e que se instituísse uma festa para celebrá-lo. Durante toda a sua vida o sacerdote francês dedicou-se a praticar o que a Santa Virgem lhe pedira. Assim, mais de mil anos antes da proclamação do dogma da Imaculada Conceição, Nossa Senhora quis ser venerada sob este título. Certamente por seu significado teológico profundo e no que este significado implica em seu papel co-redentor da linhagem humana, ao lado de Cristo.
Ano 958 - Hertford, Alemanha
No ano de 958, a Santíssima Virgem aparece desta vez em Hertford, Alemanha. Um pobre que passava diante de um mosteiro ouve alguém dizer seu nome. Era a Virgem Maria que o encarrega de levar ao mosteiro uma mensagem de conversão e penitência. E para provar a veracidade de sua aparição Ela promete fazer aparecer uma pomba branca em cima da cruz que ele deveria erguer em frente ao referido mosteiro. Isso de fato ocorreu, fazendo com que as monjas acreditassem na aparição de Nossa Senhora. No lugar dessa aparição, em 1011, o bispo Paderborn mandou construir uma igreja, que desde então se tornou centro de peregrinação, onde se venera a Virgem Maria sob o título Nossa Senhora da Cruz.
Ano 980 – Canterbury, Inglaterra
Quarenta anos depois, em 980, a Santíssima Virgem volta a se revelar, desta vez na Inglaterra, a São Dunstano, arcebispo de Canterbury, na Inglaterra. Consta que São Dunstano estava se dirigindo à catedral para rezar, quando a Mãe da Igreja lhe apareceu acompanhada de anjos e santos, cantando hinos de louvor. A aparição consistiu apenas disso: a Virgem acompanhou o bispo até a catedral e depois desapareceu. O santo arcebispo de Canterbury trabalhou muito para a reforma da Igreja da Inglaterra, na renovação da vida dos conventos que àquela altura estavam decadentes.
Ano 1214 - Languedoc, França
A terrível batalha entre a “Mulher” e a “serpente” (Gn 3, 14-15) pode ser rastreada através da história da Igreja. Sobretudo, quando a Fé ou a ortodoxia cristã se encontram ameaçadas pelos persistentes e astuciosos ataques das trevas.
Um exemplo dessas intervenções foi por volta do ano 1214, em Languedoc, região meridional da França, quando outra vez um grande levante da doutrina gnóstica assolava aquela nobre região. Naquele momento, a Gnose se impunha configurada na heresia dos albigenses causando um grande mal não apenas para a Cristandade, mas para a própria humanidade, uma vez que suas práticas eram absurdas e irracionais.
Resultando num terrível conflito entre católicos e albigenses, a situação agravou-se a partir da convocação de uma Cruzada que tinha por objetivo estancar o mal. Daí o sangue verteu transformando a nação francesa em um terrível campo de batalha.
Em meio a essa grande tribulação da Cristandade, movido por uma inspiração divina, o religioso Domingos retirou-se em solidão para uma densa floresta próxima de Toulouse (capital de Languedoc). Durante três noites e três dias ele ali permaneceu, em contínua oração e penitência, não cessando de gemer, de chorar de se flagelar, implorando a Deus que tivesse pena de Sua própria glória calcada aos pés pelas doutrinas albigenses. Imerso e indissuadível nesse tamanho ardor e esforço, caiu semimorto. E foi então que Maria Santíssima, resplandecente de glória, lhe apareceu.
S. Luís Maria Grignion de Montfort narra-nos em vivas cores esses extraordinários acontecimentos:
“A Santíssima Virgem, que estava acompanhada de três princesas do Céu, lhe disse: 'Sabes tu, meu caro Domingos, de que arma a Santíssima Trindade se serviu para reformar o mundo?' — 'Ó Senhora! Respondeu ele, Vós o sabeis melhor do que eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo fostes o principal instrumento de nossa salvação'. Ela continuou: 'O instrumento principal dessa obra foi o Saltério angélico, que é o fundamento do Novo Testamento. Portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza meu Saltério'. "O santo levantou-se muito consolado e, abrasado de zelo pelo bem desses povos, entrou na catedral. No mesmo momento os sinos tocaram, pela intervenção dos Anjos, para reunir os habitantes. No início da pregação caiu uma espantosa tempestade. A terra tremeu, o sol se nublou, os trovões e relâmpagos redobrados fizeram estremecer e empalidecer todos os ouvintes. Seu terror aumentou ao verem uma imagem da Santíssima Virgem, exposta num lugar eminente, levantar três vezes os braços para o céu, para pedir ao Senhor vingança contra eles se não se convertessem e não recorressem à proteção da Santa Mãe de Deus".
“O Céu queria, por esses prodígios, estimular a nova devoção do santo Rosário e torná-la mais conhecida. A tormenta cessou, por fim, devido às orações de São Domingos. Ele continuou seu Santo Rosário, que quase todos os tolosinos o adotaram, renunciando a seus erros. Em pouco tempo verificou-se uma grande mudança na vida e nos costumes da cidade” [MONTFORT, S. Luís Maria Grignion de. Le Secret Admirable du Très Saint Rosaire pour se convertir et se sauver, pp. 12-14. Da edição francesa de 1926 dessa obra (editora Maison Alfred Mame et Fils, Tours), publicada pela primeira vez em 1911].Ano 1251 - Aylesford, Inglaterra
Em 1251, em Aylesford, Inglaterra, ocorreu a aparição da Santíssima Virgem a S. Simão Stock, monge carmelita. Ao entregar a São Simão o Escapulário castanho de lã, a Santíssima Virgem pronunciou as seguintes palavras: "Será este o privilégio para ti e para todos os Carmelitas: quem quer que morra usando este Escapulário não sofrerá o fogo eterno". Com o tempo, a Igreja estendeu este magnífico privilégio a todos os leigos que desejem ser investidos com o Escapulário do Carmo e que perpetuamente o usem.
Mãe sempre presente
Poderíamos continuar enumerando as muitas e importantes manifestações pelos séculos seguintes, tais como aquelas que caracterizam e determinam a Fé Católica em inúmeros povos, cuja piedade popular naturalmente acolhe a Mãe do Verbo como padroeira de suas nações.
Mãe sempre presente, Seu amor maternal permanece atento aos rogos de quem com devoção e humildade roga-lhe a proteção.
Por isso, conforme reza a ladainha lauretana, a Mãe do Senhor tem sido o grande auxílio dos cristãos, a Rainha dos patriarcas, dos apóstolos, dos profetas, dos mártires, dos confessores, das almas virgens consagradas... A geradora de todos os santos. A saúde dos enfermos. E, sobretudo, o último refúgio dos pecadores.
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Notas:
Para citar este texto:
A Santíssima Virgem na história da Igreja
Perfeita Devoção
http://www.perfeitadevocao.org/site/AlmaMater2.php?id=128
ALMA MATER
Nossa Senhora do Apocalipse, Tre Fontane
Como Maria impediu a estalinização da França
A SANTÍSSIMA VIRGEM NA CHINA, DONG-LU (1900 até hoje)
AKITA, JAPÃO (1973-1975)
FÁTIMA, PORTUGAL (1917)
MENSAGEM DE MARIA SANTÍSSIMA EM LOURDES, FRANÇA (1858)
O APOCALIPSE DE LA SALETTE: “O CORAÇÃO DAS MENSAGENS DE MARIA” (1846)
NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - PARIS, FRANÇA (1830)
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA - BRASIL (1717)
NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO - QUITO, EQUADOR, (1594-1635)
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