Blog Alma Missionária

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terça-feira, 5 de junho de 2012






 doSite revista catolicismo


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Rosário, instrumento privilegiado de salvação e de luta
Devoção mariana por excelência, o Rosário foi revelado por Nossa Senhora a São Domingos de Gusmão. Salvando as almas dos pecadores e combatendo os inimigos da Igreja, tomou relevância ainda maior em Fátima, atraindo graças em profusão. Nesta matéria estão reproduzidas as orações que o compõem e o modo de rezá-lo com fruto, além de duas meditações inéditas de autoria de Plinio Corrêa de Oliveira.
Gregorio Vivanco Lope
Iniciava-se o século XIII. A fé católica desabrochava esplendidamente por toda a Europa em frutos de justiça e caridade. Ao mesmo tempo, no campo civil, uma admirável e possante lógica levava os povos a se constituírem em Cristandade, a qual mereceu do Papa Leão XIII este belo elogio: “Nessa época a sociedade civil deu frutos superiores a toda expectativa, frutos cuja memória subsiste e subsistirá, consignada como está em inúmeros documentos”.1 De fato, a sociedade temporal só alcança todo o seu esplendor quando baseada nas verdades eternas.
Problemas, dificuldades, erros e pecados os havia, é claro, pois não estávamos no paraíso celeste, mas não constituíam a nota dominante, como hoje em dia.
O demônio, porém, não cessa de perseguir as almas e as instituições, como advertiu São Pedro: “Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar”.2 O inimigo dos homens vinha já obtendo, havia algum tempo, vitórias significativas no sul da França e norte da Itália pela propagação da heresia dos cátaros, também conhecidos como albigenses, em referência à cidade de Albi, sul da França, onde se localizava seu centro.
Cátaro vem do grego e significa “puro”. Os únicos “puros” eram os que aderiam ao catarismo e se submetiam a suas iniciações e prescrições. Todo o resto da humanidade era constituído pelos “impuros”. Ensinavam os cátaros que havia um deus mau, criador dos corpos humanos e da matéria em geral, ao lado de um deus bom, que criara as almas, as quais haviam sido aprisionadas nos corpos. Diversos bispos e nobres os protegiam. Ressuscitava-se assim a velha heresia gnóstica que tanto havia atribulado os primeiros tempos do cristianismo.
Os Papas tudo fizeram para tentar converter essa parcela dissidente do rebanho de Cristo. Enviaram apóstolos, missionários, pessoas virtuosas. Tudo em vão.
Além da salvação dessas almas transviadas, outra tarefa premente era evitar o contágio da heresia. E também sua influência nefasta sobre a sociedade temporal, a qual, nos centros cátaros, tendia a constituir-se à maneira de uma sociedade comunista cuja nomenklatura da época seria formada pelos “puros”.
O que fazer? A solução veio do alto, mais precisamente do Céu.
ROSÁRIO MEDITADO
Meditações apropriadas para cada dezena do terço, compostas ou adaptadas por Plinio Corrêa de Oliveira e recolhidas por seus discípulos
Nossa Senhora entrega o Rosário a São Domingos e Santa Catarina de Siena
Mistérios Gozosos
1º. Mistério: Contemplamos a Anunciação do anjo e a Encarnação do Verbo.
— Peço ao Imaculado e Sapiencial Coração de Maria que destrua em minha alma as tristezas más, as depressões nervosas e as desconfianças infundadas, pelos méritos das alegrias que Nossa Senhora teve na Anunciação.
2º. Mistério: Contemplamos a Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel.
— Peço a Nossa Senhora do Bom Conselho que me fale à alma e me faça estremecer de júbilo e de devoção ao ouvir o chamado dela, como São João Batista ao ouvir sua voz.
3º Mistério: Contemplamos o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo em Belém.
— Peço a Maria Santíssima que me conceda o enlevo, a serenidade e a fortaleza que emanam do santo mistério do Natal.
4º Mistério: Contemplamos a Apresentação do Menino Jesus no Templo e a Purificação de Nossa Senhora.
— Peço a Nossa Senhora das Sete Dores que me conceda uma alma sem timidez, toda de fogo, para ser, em união com o Menino Jesus, com o Imaculado Coração de Maria e com a Santa Igreja, uma pedra de escândalo para ruína e salvação de muitos.
5º Mistério: Contemplamos a perda e o encontro do Menino Jesus.
— Peço a Nossa Senhora fidelidade, confiança e força nas múltiplas perplexidades de que minha alma está cheia.
Mistérios Dolorosos
1º Mistério: Contemplamos a Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras.
— Peço a Nossa Senhora que me conceda uma alma capaz de amar o sofrimento e de sofrer por Ela e pela Igreja, em união com a Agonia infinitamente preciosa de Nosso Senhor Jesus Cristo.
2º Mistério: Contemplamos a Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
— Quando os sofrimentos se abaterem sobre mim como açoites, suplico a Nossa Senhora que me comunique a força invencível, a serenidade inabalável e uma gota, pelo menos, da infinita dignidade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
3º Mistério: Contemplamos a Coroação de espinhos de Nosso Senhor.
— Quando rirem de mim, me desprezarem e me evitarem, sobretudo por minha pertencença à Igreja, suplico a Nossa Senhora que me conceda a convicção da inteira sem-razão de ser de todas essas perseguições. E uma fé inabalável e altaneira na santidade da causa a que me dei.
4º Mistério: Contemplamos Nosso Senhor carregando penosamente a Cruz até o alto do Calvário.
— Nem um passo para trás, nem para o lado, determinação sobrenatural inabalável de prosseguir o caminho, ainda mesmo quando prostrado três vezes sob o peso da Cruz. Ó Mãe Dolorosa, fazei minha alma semelhante à de vosso Divino Filho e à vossa.
5º Mistério: Contemplamos a Crucifixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
— A vítima expiatória levou às últimas consequências sua Missão. Tendo-a aceito, cumpriu tudo até o fim. Aos pés d’Ele estava Maria Santíssima, que quis tudo isso, mais uma vez para nos salvar. Concedei-me, ó Santa Maria, a graça de levar até às últimas consequências minha vocação, aceitando na vida de hoje, como no futuro, todos os sofrimentos em que ela importe. Fazei com que seja o meu ideal ir de encontro a esses sofrimentos e amá-los até o fim. Fraco, incapaz, carregado de maus hábitos, como poderei fazer isto sem um auxílio sobrenatural? Que este auxílio me venha do Sangue inocente do Cordeiro Divino e de vossas Lágrimas puríssimas e indizivelmente preciosas, ó Maria!
Mistérios Gloriosos
1º Mistério: Contemplamos a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.
— Ressurge o Redentor, o bem triunfa do mal, todo o Universo se alegra. Fazei, ó minha Mãe, que minha alma estremeça de júbilo e devoção na antevisão de vosso Reino.
2º Mistério: Contemplamos a Ascensão de Jesus aos Céus.
— Sobe ao Céu o Justo, cercado de uma glória infinita. Que eu deseje assim, ó minha Mãe, que se elevem sobre todas as coisas, em uma vitória fulgurante, a Santa Igreja e a Cristandade.
3º Mistério: Contemplamos a descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos no Cenáculo.
— Os apóstolos tíbios, de vistas curtas, medrosos, se transformaram em um momento. Tendo rezado por vosso intermédio, ó Maria, no Cenáculo as línguas de fogo desceram sobre eles e os transformaram em um instante. Mãe do Bom Conselho, uma palavra vossa pode fazer o mesmo comigo, tão débil, tão tíbio e tão pecador. Pronunciai uma só palavra e minha alma será transformada.
4º Mistério: Contemplamos a Assunção de Nossa Senhora aos Céus.
— Vossa pureza, vossa fé, vossa fortaleza, encontraram, por fim, o prêmio merecido. Fazei-me puro, cheio de fé e forte para lutar convosco na Terra de modo a contemplar-Vos eternamente no Céu.
5º Mistério: Contemplamos a gloriosa coroação de Maria Santíssima como Rainha do Céu e da Terra.
— Do alto da glória de onde reinais, sede para mim a Mãe de Misericórdia, apoiando-me em todas as defecções, reerguendo-me em todas as quedas, perdoando-me em todas as faltas e amando-me em todos os instantes, de maneira que em tudo Vos ame, ó Rainha santa, que deveis ser o enlevo de toda a minha vida.

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