Madres Do Deserto – Santa Sinclética – Parte V
No ensinamento de hoje, Santa Sinclética nos falará sobre a vigilância dos pensamentos…
“Ainda que permaneçamos em casa, não nos devemos adormecer, temos que estar vigilantes, pois está escrito, vigiai. À medida que avançamos na vida espiritual, o inimigo se disfarça de mil artimanhas, e toma nossa mente por seu espaço de manobra. Diz a Escritura que onde abunda a sabedoria, abunda as penas. Quanto mais forte é um atleta, mais forte são seus adversários. Considerai os perigos que você escapou, e não diminua o fervor no momento presente.
Tem superado a fornicação material e externa? Então o inimigo te sugerirá aquela que passa pelos sentidos. E quando tiver vencido esta – a fornicação é o primeiro dos males – , se introduzirá astuciosamente no domínio dos pensamentos e te incitará a uma luta espiritual. Deve-se resistir e não ceder à tentação, porque está escrito: Se a ira do comandante se abateu sobre você, não abandones teu posto.
São muitas e diversas as artimanhas do demônio para excitar aqueles que amam a Deus o espinho na carne. Inclusive ás vezes baseia-se na caridade fraterna para usá-la em proveito próprio. Às virgen que renunciaram ao matrimônio e a todas as mundanidades, as incita ao trato familiar com suas irmãs. E até mesmo ataca também os monges, eles que rejeitaram a impureza em todas as suas formas, os tem laçado sutil e agradavelmente através das conversações edificantes e caem na armadilha. Tal é a maneira de atuar do inimigo, se apresenta disfarçado e seus planos passam dispercebidos. Apresenta um pão de trigo e sob ele há um veneno mortal. Creio que é como disse o Senhor: “Vem a vós com disfarce de ovelha, porém por dentro são lobos forazes.”
Qual é o remédio? A guarda do coração de todo afeto desordenado e a presença constante de Deus. Sejamos prudentes como as serpentes e mansos como as pombas. Descubrimos dentro nossa guia espiritual, porque o inimigo nos captura mais pelo interior. Vigiemos, tanto de noite como de dia pois ele nos cerca de forma imaterial.
Permaneçamos alerta mediante a ascese laboriosa e a oração pura. E lancemos fora de imediato a peste da nossa alma. Se é um rosto agradável, pensemos neste rosto quando a morte tomar posse dele. E antes de tudo, dominemos nossa gula e conseguiremos dominar os prazeres mais baixos e rasteiros.”
Na próxima semana continuamos…
Fiquem na paz!
Madre Rosa Maria de Lima, F.M.D.J
Fiquem na paz!
Madre Rosa Maria de Lima, F.M.D.J
Madres Do Deserto – Santa Sinclética – Parte VI
Continuando com os ensinamentos de Santa Sinclética…
O bem da pobreza voluntária
Tudo o que Santa Sinclética dizia era como um banquete de delícias eternas para as ouvintes. Em cada reunião, os cálices da Sabedoria as colmavam de júbilo e a bem-aventurada Sinclética derramava generosa a Água Viva. Aquelas assembléias também as visitavam os anjos e olhavam compadecidos os rostos, iluminados pelo resplendor da graça. Algumas destas discípulas permaneciam perto de Madre Sinclética; outras viviam sozinhas ou em comunidades distintas e iam freqüentemente vê-la para receber o tesouro da doutrina. Expunham a ela as dúvidas, dificuldades, e bebiam com avidez do manancial de deus conselhos.
Uma discípula perguntou a Madre Sinclética se a pobreza era um bem perfeito. Ela respondeu:
“Certamente é um bem muito grande para as que podem pô-la em prática; as que suportam este rigor sofrem na carne, porém são livres em sua alma. As vestimentas resistentes se lavam e branqueiam quando são esfregadas e se as torce com energia, assim a alma forte recebe um aumento de fortaleza pela pobreza voluntária. Às débeis, lhes acontece o contrário, diante da menor aflição caem perdidas, não podem suportar a purificação que conduz à virtude.
Uma discípula perguntou a Madre Sinclética se a pobreza era um bem perfeito. Ela respondeu:
“Certamente é um bem muito grande para as que podem pô-la em prática; as que suportam este rigor sofrem na carne, porém são livres em sua alma. As vestimentas resistentes se lavam e branqueiam quando são esfregadas e se as torce com energia, assim a alma forte recebe um aumento de fortaleza pela pobreza voluntária. Às débeis, lhes acontece o contrário, diante da menor aflição caem perdidas, não podem suportar a purificação que conduz à virtude.
Poderíamos dizer que a pobreza voluntária é um bem inestimável para os temperamentos esforçados, pois é como um freio de pecados e delitos.
Vantagens da pobreza
A pobreza é boa para as que estão atacadas ao bem; havendo renunciado ao supérfluo, voltam seus olhos a Deus e cantam com pureza de coração as palavras inspiradas pelo mesmo Deus: Os olhos de todos estavam fixos em Ti, esperam que lhes dê o alimento a seu tempo.
Conseguem ademais outra vantagem, ao ter o espírito desprendido dos bens da terra, pensam e depositam tudo quanto são no Reino dos Céus, pondo em prática as palavras de Davi: “Tem sido como um jumento diante de Ti.”
Por demais, os verdadeiramente pobres vencem mais facilmente o inimigo, pois nada pode contra eles.
Conseguem ademais outra vantagem, ao ter o espírito desprendido dos bens da terra, pensam e depositam tudo quanto são no Reino dos Céus, pondo em prática as palavras de Davi: “Tem sido como um jumento diante de Ti.”
Por demais, os verdadeiramente pobres vencem mais facilmente o inimigo, pois nada pode contra eles.
A verdadeira riqueza que devemos adquirir na terra
As pessoas do mundo, apesar de suas grandes ganâncias, desejam de uma forma insaciável, cada vez mais, benefícios materiais e se esforçam para conseguir o que não tem. Nós, pelo contrário, não tendo nada daquilo que nos é necessário, nada desejamos alcançar; privadas de tudo nos proclamamos ricas. É conveniente que quem faça o bem, não o proclame, porque do contrário se prejudicaria, pois àquele que crer possuir, será removido.
Portanto, devemos ocultar nossos progressos na vida espiritual. As que queiram fazer ostentação de suas virtudes saibam também descobrir suas debilidades. Sejamos prudentes, conhecemo-nos bem. Um tesouro descoberto, prontamente é dissipado. Amemos a prova da incompreensão e do não reconhecimento. Os insultos e afrontas nos colocam nos braços de uma virtude consumada: Alegrai-vos e regozijai-vos, quando os injuriarem e os perseguirem e disserem mentiras contra vocês…”
Portanto, devemos ocultar nossos progressos na vida espiritual. As que queiram fazer ostentação de suas virtudes saibam também descobrir suas debilidades. Sejamos prudentes, conhecemo-nos bem. Um tesouro descoberto, prontamente é dissipado. Amemos a prova da incompreensão e do não reconhecimento. Os insultos e afrontas nos colocam nos braços de uma virtude consumada: Alegrai-vos e regozijai-vos, quando os injuriarem e os perseguirem e disserem mentiras contra vocês…”
Na próxima semana continuamos…
Fiquem na paz!
Madre Rosa Maria de Lima, F.M.D.J
Fiquem na paz!
Madre Rosa Maria de Lima, F.M.D.J
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